A arte de se escrever bem

Só acontece quando vem do coração. Existem especialistas em correções ortográficas que trabalham os erros de quem já trouxe o poema pronto, estruturado. O que está a ser desvendado nas entrelinhas é o interessante de se saber e se querer escrever. Muitas vezes, nossa insensatez nos impede de abrir, nem que seja por instantes, a mente e nos limita, ainda, a seres como os celulares "pai de santo", como no dito popular: só recebem. O bom mesmo é escutar e conseguir filtrar, com o sentido exato da palavra, peneirar o que é de serventia e o que não. Não que o que não acrescenta seja imediatamente ignorado, deletado. Quando temos conhecimento, conseguimos analisar de onde vem o que não pode ser utilizado e por que esse determinado elemento faz parte da vida de outras pessoas, mesmo não tento utilidade. É nessa hora que entra o escritor. Para aqueles que ainda não sabem reconhecer, ele atua como orientador, em palavras explícitas ou escondidas em meio a outras palavras. É nessa que se descobre como é bom saber, descobrir, ler, escrever. Que sejam dadas mais chances de leitura e escrita ao povo brasileiro. Que sejam oferecidas chances de se aprender ou descobrir algo bom que será de bom uso no presente e no futuro de quem ainda não pode escolher, de quem ainda não pode agir. Que os orientadores, os livros, sejam parte da vida. Que ensinem isso para quem ainda não conhece esse valor. Que pessoas comuns tenham oportunidade de também escreverem um pouquinho a história do país, mesmo que seja só contando a própria história.