domingo, 16 de setembro de 2007

O trabalho do dia

O trabalho do dia. Ah, dia
O que seria da vida,
Sem a alegria simples do banal,
Do sorriso sem motivo,
Do olhar parado ao acordar
Sentado à cabeceira da cama
É mais um dia que chega e mais um dia que se vai
Começa a ir bem cedinho
Com sua beleza própria
Do raiar ao vermelho no céu aberto
Tão grande, começa a se fechar
Assim como o mesmo olho, de sono porque tem que ir trabalhar
Se cansar, e ler, e sentir, e buscar
O tempo inteiro
Até chegar o crepúsculo
E a volta para casa
Janta ao som da televisão ligada
Dorme ao som do silêncio
Para acordar bem cedo
E sentir novamente a alegria de sorrir do banal
Sentado à beira da cama
Roda a roda da vida
Só nesse sentido
No mesmo sentido que começou

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