segunda-feira, 17 de setembro de 2007

À procura da saída perfeita

A violência é algo que nos acompanha há bastante tempo. No entanto, o que tem feito o país parar para pensar é a banalização das ações violentas. A situação chegou ao seu ponto culminante, ao presenciarmos, diretamente, a morte de João Hélio.
O triste assassinato de um menino de seis anos não foi a primeira barbaridade e, infelizmente, não será a última se o comportamento da sociedade urbana não for repensado. A família pede atenção redobrada por parte dos grandes parlamentares que controlam o país e punição severa dos vândalos que ultrapassam os limites da honra e da moral alheia. Quanto a flexibilidade na legislação, ao pensar na violência como algo extraordinário, a redução da maioridade de 18 anos para 16 é uma alternativa considerável, na busca incessante pela paz e tranquilidade, ou melhor: Pela conscientização e imposição de limites. Mas é uma solução prévia. E como nada que é a curto prazo revoga o suficiente para modificar valores, costumes e princípios... precisa-se de mais que isso para dominar a situação.
A liberdade excessiva e a aproximação dos jovens de organizadores e pensadores do crime faz com que tudo pareça maravilhoso (O céu é o limite.), permite que quem já conhece os caminhos tenha poder suficiente para influenciar aqueles que ainda não têm o caminho trilhado.
A notícia está repercutindo de forma arrebatadora, mas o cerco se fecha a cada ato bárbaro. O que fazer? Perguntam pais desesperados, políticos pressionados e famílias indiretas que sabem o valor da vida de seus filhos e como, a cada momento, se torna mais difícil encontrar segurança nos grandes centros e cidades periféricas. O apelo é feito de todas as extremidades, dos ricos aos pobres, dos menores aos adultos.
A mídia assumiu um posicionamento militante, em favor dos pais lesionados pela criminalidade. E dessa vez não aconteceu de forma imparcial. Em meio a matérias, reportagens, artigos e relatos ficou visível a indignação e a vontade de ajudar, lutando por quem já passou por uma perda igual ou semelhante e mudando o universo acomodado dos que não fizeram parte desse acontecimento
A união de todos por um mesmos objetivo pode ser a saída perfeita para começar uma caminhada vitórias e realizações verdadeiras, a favor da verdadeira punição dos “pequenos adultos”que se encorajam a sujar as mãos, ao se espelhar nos que estão à margem dos valores adotados pela maioria. É só deixar de sentar e esperar para levantar a cabeça e tomar uma atitude. Que mortes inocentes como essa não seja mais uma falha no sistema.

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